domingo, fevereiro 01, 2009

Amor ao livro.

Sempre assumi que tenho um amor físico, sexual, pelos livros. Gosto de olhar para eles na estante como o gajo da estiva (que eu já fui) gosta de olhar para a gaja boa que passa. Acho que os livros são sexy. Acho que os livros dão tesão. Gosto de mexer neles, gosto de os cheirar, gosto de fazer amor com as encadernações e apaixonar-me pelas páginas. Um bom programa, para mim, é rearrumar a biblioteca. Felizmente, trata-se de um projecto que dura vários dias, porque entre os meus e os da minha mulher ainda se somam alguns livros. Actualmente, são mil e trezentos cá em casa e mais quinhentos na cave e eu sou todo vaidoso disso.
Isto a propósito de ter recebido hoje uma prenda impagável da Joaninha, que é uma querida grande. Devo ter feito qualquer coisa de bem feito quando postei aquele texto relativo à obra prima do Andric, porque o post resultou nestas imagens absolutamente lindas que a minha amiga me enviou por santo email.





Uma edição de "A Ponte sobre o Drina", de Fevereiro de 1962. Que maravilha. Dá-me vontade de beijinhos. Dá-me vontade de ter uma montra com oito metros por três e colocar lá apenas isto. O Gutenberg é o gajo mais importante da história da humanidade. E a Joaninha vem logo a seguir. Obrigado aos dois.