segunda-feira, fevereiro 02, 2009
Super Bowl XLIII ou a morte de Cinderela.
Acabou hoje a época de Futebol Americano, em Tampa Bay, com um dos mais espectaculares jogos dos 43 super bowls já disputados. Como no ano passado, o combate foi decidido nos últimos instantes do jogo e a vitória dos Pittsburgh Steelers é perfeitamente justa, apesar da luta épica oferecida pelos Cardinals, que tinham chocado o mundo por chegarem até aqui e que precisavam de despachar a coisa até à meia-noite, sob o risco do avião que os iria levar de regresso a Arizona se transformasse numa abóbora.
Os últimos quinze minutos foram alucinantes. A perder 20-7, os Cardinals, comandados pelo instinto e maturidade de Kurt Warner e pelas qualidades raras de Fitzgerald, inventaram uma recuperação inédita na história das finais, colocando-se, a dois minutos do fim, à frente do marcador por 20-23.
O problema foi que, da inesgotável cartola de Big Ben Roethlisberger, em definitivo o melhor quarterback da NFL, saiu um drive de improvisos e ilusionismos vários, que só acabou a 23 segundos do fim com um touch down do MVP Santonio Holmes, rapazinho cuja habilidade pertence ao domínio das artes circenses.
O jogo proporcionou uma quantidade enorme de novos recordes absolutos, com destaque para estes três:
- Sexto título para os Steelers, que são agora o franchise mais vitorioso da liga.
- Run para touch down mais longo de sempre num Super Bowl: uma corrida incrível de Harrison - defensor do ano na NFL - cuja extensão foi exactamente a do terreno de jogo: 100 jardas inteirinhas.
- Com os dois desta noite, Fitzgerald é agora o detentor do recorde de touch downs numa só post-season, com 7.
O grande, enorme, histórico jogo de futebol teve só uma pequenez: o insuportável cadáver de Bruce Springsteen - o camionista do rock - ao intervalo. Bah!