domingo, fevereiro 10, 2013

As virtudes da solidão.

Hegel escreveu um dia que o homem se distinge da restante prole de deus porque apresenta a capacidade - única no reino animal - de enlouquecer. A loucura - que não a inteligência - é o vero fogo de Prometeu. A marca do Homem.
Ora, parece-me a mim que, para enlouquecer, é necessária a solidão. Ninguém, por decência, enlouquece em companhia, e não é por acaso que Nietzsche ridicularizava os filósofos casados. A filosofia requer uma dose generosa de demência e esta não se consegue na justa quantidade quando o pensador decide viver a pares.
Assim sendo, temos, por causalidade matemática, que a solidão é ferramenta pertinaz para o homem atingir a sua singular essência insana, esse estado mental que o separa da selvajaria.
Isto tudo a propósito de mais um magnífico post no School of Life.