sexta-feira, junho 06, 2014
Dia D: a glória e a vergonha.
Há 70 anos atrás, existiam homens de um género que agora não há. Homens maiores que deuses, capazes de desenhar o destino do mundo. Homens que acreditavam num modelo de civilização e que estavam preparados para pagar o preço, mesmo que fosse preciso morrer na praia. Homens eternos, maiores que a vida, como Wiston Churchill e Dwight Eisenhower, e homens cujo nome a história esquece, mais heróis ainda, que se deram à fúria da batalha em nome da liberdade e da dignidade humana.
Mas há 70 anos atrás, já existiam também os homenzinhos de agora. Homenzinhos desprovidos de honra, de carácter, de coragem e de visão, homenzinhos ideologicamente neutros, intelectualmente nulos, entregues apenas ao diabo da ambição pessoal; homenzinhos como De Gaulle, que no célebre discurso de libertação, em Paris, não foi capaz de dedicar uma só palavra aos que morreram para libertar a França. Homenzinhos como a maior parte dos franceses, que se adaptaram rapidamente ao domínio Nazi, fazendo da sua pátria, na prática, um aliado fundamental do esforço de guerra alemão. Homenzinhos como Petain e Miterrand, homenzinhos e mais homenzinhos que eram na altura a semente infame e virulenta dos líderes que temos agora. E quem morreria hoje na praia normanda, a mando dos líderes que temos agora?