Não vou discorrer sobre a ética da morte ou da vida.
Tenho no entanto que dizer, neste regresso ao blog, depois de um ano do mais infame silêncio, que não cabe aos representantes desta legislatura formarem corpo de lei sobre esta matéria. Não foi para decidirem como é que as pessoas morrem que esta tropa de imbecis foi eleita.
Aliás, pensando bem, não foi para decidirem como é que os portugueses vivem, no sentido ontológico de existência, que esta tropa de imbecis foi eleita.
Esta tropa de imbecis pode decidir sobre coisas acessórias. Esta tropa de imbecis pode exceder-se até sobre matérias como a quantidade da sal que os padeiros colocam no pão (o que já é vilania ilegítima que baste).
Esta tropa
de imbecis pode roubar os contribuintes até que chegue o dia da revolução.
Pode corromper e corromper-se até ao limite do sangue.
Mas não pode, de todo, substituir-se a deus. Não pode de todo reorganizar o caos que se intromete, soberanamente, entre a felicidade e o sofrimento. Entre a morte e a vida.