Sim, a GNR também devia montar estaminés nas auto-estradas deste país, de radar alerta para a passagem dos topo de gama em que se deslocam veloz e confortavelmente os altos quadros das entidades públicas desta República, de forma a que:
a) Recebam imediatamente o produto das suas facturas as empresas e os empresários em nome individual que costumam receber do Estado dentro de prazos que desobedecem flagrantemente ao que é estipulado pela lei;
b) Sejam prontamente ressarcidos os contribuintes que andam há anos e anos a pagar a corrupção, a incompetência, a incontinência ética e a desonestidade escandalosa do sector bancário (público e privado); que andam há anos e anos a pagar a torpe avidez de ministros, consultores, advogados e outros muitos abutres do Estado; que andam há anos e anos a pagar as comissões nacionais para isto e para aquilo e que só servem para empregar militantes dos partidos do arco do regime; que andam há anos e anos a serem triturados pela burocracia dos serviços públicos, mal tratados pelo serviço nacional de saúde, injustiçados pelo aparelho judicial e espoliados pela máquina fiscal, a única inventada em toda a história de Portugal que de facto funciona tão bem ou melhor que um motor Mercedes.
c) Aufiram em tempo real de compensações fiduciárias os eleitores que, nas últimas 4 décadas, foram aliciados com vãs promessas de prosperidade e de competência e de responsabilidade e de sentido de estado e de amor à pátria e que, ao invés, foram apenas sujeitos à falácia, ao engano, à aldrabice, à ganância, à traição e à conjura da oligarquia que de facto reina sobre este miserável, lamentável, inexplicável país;
d) Encaixem já verbas indemnizatórias aqueles que foram penhorados sem apelo; aqueles que foram paralisados na possibilidade da iniciativa económica; aqueles que foram e são insanamente taxados, multados, controlados, manipulados; aqueles a quem o Estado português, essa grande e disfuncional indústria do clientelismo mais grosseiro, esse monstro retrógado e simplex de complicações, prejudicou em absoluto, material ou imaterialmente.