Desde criança que sempre apreciei a solidão. Convivo bem com ela porque sei, sempre soube, que faz parte grande e importante da vida. É a solidão que me permite escrever, trabalhar, pensar. É quando estou só que o meu raciocínio se aprofunda, que a análise que faço de mim e dos outros é mais certeira. Sou uma pessoa de companhia, claro. Gosto da componente social e conservo, apesar de tudo, muitos e bons amigos com quem adoro estar. Com quem adoro conversar, beber uns copos, desabafar, rir, confessar ridículos e partilhar glórias. Mas tenho a convicção sólida de que a saudável convivência social só é possível quando sabemos ficar a sós. Quando aproveitamos a solidão para um melhor entendimento do mundo. E para a superior exploração do nosso potencial. E pelos vistos, Alain de Botton e os senhores da notável The School of Life concordam comigo. Pelos vistos, na minha opinião sobre a solidão, não estou sozinho: