Na cimeira diplomática do Alasca entre os EUA e a China, os chineses não se preocuparam em ser diplomáticos e entraram em força. Mostrando que acreditam tanto na validade das eleições de Novembro como metade da população americana, usando o movimento Black Lives Matter contra a administração Biden, num exercício de ironia digno de um mestrado na Academia de Atenas, usando a fome de guerra dos falcões do Pentágono como arma de arremesso, afirmando sem qualquer pudor que os Estados Unidos já não são o império líder que foram um dia e que devem portar-se - e curvar-se - em conformidade, os chineses humilharam a delegação americana como eu não me lembro de alguma vez uma delegação diplomática ser humilhada. E a reacção dos palermas enviados por Biden não podia ter sido outra: prostraram-se rendidos perante a firmeza do adversário, aceitando pacificamente que são uma nação fraca, racista e belicosa, onde já nem as instituições da democracia funcionam convenientemente.
É claro que, misturadas no granito do projéctil que a catapulta comunista lançou, há verdades e mentiras: a América está muito fragilizada de facto e segue neste momento um trajecto suicidário, que anula a grande velocidade todos os valores que a elevaram a líder mundial; a actual administração é disfuncional e incapaz (como a situação na fronteira do México demonstra inequivocamente) e protagonizada por um tipo que sofre de demência senil e que ainda ontem caiu três vezes ao subir um só lance de escadas; as eleições presidenciais foram completamente falsificadas (antes, durante e depois) e a decisão de retomar os bombardeamentos na Síria é completamente obscena e destituída de sentido; mas a pátria do Tio Sam continua a ser a primeira potência económica e militar a nível global, não é uma nação racista - é o contrário disso - e os senhores do comité central do partido comunista chinês, que governam um dos regimes mais letais e menos respeitadores do diretos humanos da história universal da infâmia, deviam ter vergonha.
Porém, a patética reacção americana, que na verdade concorda com as afirmações da delegação chinesa e que parece de facto preparada para entregar de bom grado a liderança mundial ao império do meio, é deveras esclarecedora sobre o que o futuro nos guarda, no que diz respeito ao contexto geo-estratégico mundial.
Tucker Carlson disserta a este propósito, no breve monólogo de ontem.