segunda-feira, setembro 20, 2021

O gado como sub-produto da sociedade securitária.

Em Lisboa, mesmo depois de levantado o abstruso mandato das máscaras ao ar livre, as pessoas continuam a usá-las. Parece que se sentem mais seguras assim. Amordaçadas.

Em Sidney, os cidadãos constrangidos a um tenebroso estado de sítio, não conseguem mais que um protesto que não chegou a contar com mil pessoas na rua. Estavam presentes em superior número os polícias.

Na Nova Zelândia, onde a ditadura reinante enfia a totalidade da população em prisão domiciliária sempre que surge um infectado algures, as pessoas confundem-se com os rebanhos e as manadas característicos da paisagem rural do país.

Na Escócia e na Irlanda, onde os direitos, liberdades e garantias da civilização ocidental caíram há muito, está tudo sossegado. Nem um pio. É a obediência cega e muda perante a tirania.

No Canadá, um dos governos mais ditatoriais do cosmos conhecido acaba de ser reeleito. Os canadianos são proibidos por Justin Trudeau de tudo e mais alguma coisa, inclusivamente pensar. Inclusivamente, prestar culto. Inclusivamente dizer, por exemplo, que os homens não podem parir. Os canadianos são sujeitos a directivas draconianas de toda a ordem em nome da prevenção da gripe chinesa. Os canadianos, se vivessem neste momento numa distopia mais politicamente correcta do que já é, rebentavam. Mas continuam a votar no tiranete.

Nos Estados Unidos da América, depois do desastre absoluto, recordista, de largo espectro, em grande medida ilegal e em substantiva dimensão imoral do regime Biden, 41% dos cidadãos parecem ainda aprovar a totalitária e inconstitucional performance presidencial. Nos grandes centros urbanos, as populações obedecem, em silêncio bovino, aos mandatos contra-epidémicos mais fascistas que se podem imaginar, enquanto na fronteira com o México entram todos os dias milhares de imigrantes ilegais sem qualquer escrutínio sanitário.

Enquanto isso, na gala dos Emmys, as elites esfregam-se loucamente sem qualquer tipo de precaução mascarada. Rules for thee, but not for me.

A deprimente resignação dos povos do Ocidente à febre autoritária dos estados e ao desdém das elites, decorre, claro, da sociedade securitária e subsidiada e paternalista e alienada em que estas inumeráveis cabeças de gado foram criminosamente criadas. A liberdade é um valor menor no grande esquema das coisas. A dignidade também.

Cambada de cobardes. Que seria de vós se um perigo imenso, devastador, real como uma guerra, terminal como uma peste, transcendente como uma catástrofe natural, assolasse as vossas obesas e receosas vidinhas?

Dou graças a Deus por não ter feito filhos.