terça-feira, dezembro 21, 2021

As Guerras do Natal: Acto II

Manhã de 25 de Dezembro de 1977. Forte Apache. Depois de ter interceptado a mensagem SOS dos Cóbois que era destinada ao Sétimo de Cavalaria, o regimento nazi que ocupava a cidade Lego de Sempre Sempre, convencido que os soldados da União eram agora os fieis depositários do Tesouro da Serra Mãe, toma de assalto o Forte Apache. Acontece que o Sétimo de Cavalaria não é uma cavalaria qualquer: tocam as cornetas do apocalipse, disparam os canhões termo-nucleares, soltam as carroças desembestadas, convocam todos os deuses beras do faroeste, aliam-se aos soldados da confederação por um momento insólito da Guerra Civil Americana e à carga, à carga que se faz tarde! Nem Stukas, nem Panzers nem o diabo que os carregue consegue suster o avanço terrível desta coligação de guerreiros equestres, divindades super poderosas e tecnologias bélicas do século trezentos e quarenta: duas horas depois da irreflectida ofensiva, o Terceiro Reich jaz, calçado, na poeira do deserto.

Entrementes e aproveitando a distração dos StormTroopers, dos nazis, dos cóbois, do Sétimo de Cavalaria e do Action Man, uma tribo de muçulmanos desembestados entra pelo Autódromo Scalextric a dentro, causando, a alta velocidade, caos abundante e avultados prejuízos em vidas e bens. Os Árabes despistam-se por várias vezes em diferentes bólides de competição, atropelam os comissários de pista, assassinam, à pedrada, à espadalhada e a tiro de carabina, directores de corrida, pilotos e fãs; dão de beber gasolina de 80 octanas a cavalos e camelos e roubam ao Emerson Fittipaldi o icónico F1 da Corgi Toys no qual tinha acabado de se sagrar Campeão do Mundo de Voltas ao Oito. As competições automobilísticas nunca mais vão ser as mesmas e ainda hoje se atribui o enorme aborrecimento com que a Fórmula 1 adormece as audiências àquele que ficou conhecido como o Massacre do Pé Na Tábua.

(Cont.)
As Guerras do Natal: Acto I
As Guerras do Natal: Acto III
As Guerras do Natal: Epílogo