domingo, dezembro 12, 2021

Um mundial como deve ser: rasgadinho até ao fim.

Um mundial de Fórmula 1 que se decide na última volta do último grande prémio. Isto alguma vez aconteceu? Não sei. O que sei é que Max Verstappen interrompeu, hoje com alguma ajuda dos deuses da velocidade, a monotonia de vitórias imposta por Hamilton e pela Mercedes nos últimos sete anos (embora a marca alemã tenha conquistado o mundial de construtores). E fê-lo nos derradeiros metros de um campeonato verdadeiramente épico, carregado de emoção e de duelos agressivos e arriscados entre os dois principais candidatos ao título.

A única objecção que faço a esta época fabulosa é que, em várias circunstâncias foram os comissários de pista e a direcção de corrida a decidir o vencedor, muito porque as ultrapassagens continuam a ser extremamente difíceis na Fórmula 1 contemporânea e os pilotos acabam por estar constantemente a esticar as regras do jogo para conseguirem levar de vencida os seus adversários.

Seja como for, este duelo, interpretado por dois pilotos cujo carácter e perfil competitivo não podia ser mais diferente e levado até ao último minuto do campeonato, vai ficar para os anais. E deixa finalmente consolado qualquer adepto de automobilismo.