Elon Musk não gosta de falar sobre este assunto (a cotação da acções da SpaceX podem sofrer com isso), mas o principal problema das viagens espaciais de longa duração não é tecnológico. É clínico. O ser humano não nasceu para viver em condições radicalmente diferentes das que se registam na Terra. A imponderabilidade, a exposição à radiação, o isolamento, entre muitos outros factores, impactam a saúde física e psíquica dos astronautas de forma brutal. E, até ver, não há grandes soluções para colmatar esses impactos em jornadas que podem demorar um ano ou mais.
Ainda por cima, estes efeitos nefastos permanecem depois do ciclo de exposição e ficam gravados no genoma humano. Chegados a Marte, por exemplo, muitos dos astronautas vão ter que viver com graves problemas de saúde (anemias, cancros, problemas cardíacos, atrofia muscular, etc.), num ambiente hostil e extremamente exigente. Muitos dos astronautas vão morrer pouco tempo depois de terem pisado o solo marciano.
Essa é que é essa.