Novak Djokavic, número 1 do ATP, não alinha com a manada e escusou-se às vacinas. Mas a dissidência tem o seu preço, mesmo para uma estrela do desporto profissional. E o governo australiano, exemplo talvez máximo do autoritarismo que contaminou os países anglo-saxónicos, decidiu castigá-lo: o tenista foi detido no aeroporto, interrogado durante oito horas (!), alojado compulsivamente num hotel destinado a imigrantes ilegais e poderá ser deportado nas próximas horas, decisão que o impossibilitará de jogar o Open da Austrália onde é só o atleta mais bem sucedido da secular história do torneio, com nove títulos. Tudo isto, sem qualquer justificação legal ou médica (a desculpa que as autoridades australianas apresentaram - um problema com o formulário de submissão do visto - não convence ninguém).
É a guerra aberta aos dissidentes, bodes expiatório oficiais do falhanço dos regimes na contenção da pandemia.