terça-feira, abril 12, 2022

O inferno é aqui #04

O que está a acontecer em Shangai deve aterrorizar qualquer ser humano que faça uso da razão e tenha um mínimo de sensibilidade. Trata-se de um sério aviso à navegação: é este o futuro que queres para ti e para os teus filhos?

Não, nem eu nem o Tucker Carlson estamos a exagerar. Se australianoa, neo-zelandeses, canadianos, ingleses, irlandeses, escoceses, franceses, austríacos e alemães seguiram as mais draconianas pisadas da China nas medidas implementadas para combater a pandemia em 2020 e 2021, o que é que impede os tiranos do Ocidente de repetirem o plágio, a propósito de uma nova variante ou por outro qualquer motivo, em 2022 ou 23 ou quando acharem por bem fazê-lo?



Mas o inacreditável e recordista exercício de crueldade e volição totalitária do regime Chinês, que para todos os efeitos criou na sua cidade mais rica, cosmopolita e densamente povoada o maior campo de concentração da história, dá que pensar, porque a inofensiva variante da pandemia não justifica por si só os actos bárbaros e os inomináveis crimes que aqui estão a ser cometidos. Podemos e devemos fazer perguntas. Podemos e devemos especular sobre a agenda terrível que estará por trás da criação deste inferno na Terra.



Para além do óbvio e preocupante impacto que a paralisação da sociedade chinesa terá certamente na já de si muito fragilizada economia mundial, que poderá ou não ser propositado, creio que a motivação primeira do Partido Comunista Chinês é a de testar os limites de obediência dos seus cidadãos. Até que ponto pode fazê-los sofrer. Até que ponto pode retirar-lhes as mais básicas liberdades, os mais simples direitos. Até que ponto pode esfomeá-los. Até que ponto são eficazes os instrumentos de controlo, as tecnologias de vigilância e as tácticas de intimidação e dissuasão. Até que ponto de inimaginável stress resiste o sistema totalitário. Porque o Comité Central sabe que, mais cedo do que tarde, rebentará um apocalipse. E nesse caso, terá que usar esses poderes, essas tecnologias, essas tácticas para controlar biliões de seres humanos.