Segundo a RT, a ideia dos assassinos era matá-la a ela e a seu pai, porque ambos tinham planeado viajar juntos, quando regressassem de um evento nos arredores de Moscovo onde Dugin tinha discursado. À última da hora, o filósofo russo decidiu viajar noutro automóvel e foi por isso que sobreviveu.
"Earlier on Saturday evening, Dugin, the father of the victim, was giving a lecture on ‘Tradition and History’ at a family festival in Moscow Region. Dugina was in attendance at the event. Several reports say Dugin initially planned to leave the festival with his daughter but later decided to take a separate car, while Darya took his Toyota Land Cruiser Prado."
Circulam rumores que a responsabilidade do atentado é de forças secretas ucranianas que estão a desenvolver operações de sabotagem e guerrilha urbana no território russo. Isto pode muito bem ser verdade. Mas eu creio que há aqui margem de manobra para podermos especular sobre outros responsáveis. Até porque, mesmo que esses rumores sejam factuais, as operações são desenvolvidas certamente com apoio da CIA ou do MI6 ou da Mossad e financiadas com os biliões com que o Ocidente tem patrocinado os esforços de guerra da Ucrânia.
Além disso, a propaganda da imprensa, as movimentações distópicas do WEF, o apoio de políticos e líderes de opinião à causa ucraniana e a diabolização de Putin legitimam por si só este atentado.
Aleksandr Dugin é um filósofo conservador, nacionalista e tradicionalista, considerado o ideólogo do regime de Putin. É portanto um dissidente em relação à narrativa e à escolástica ocidental. Basta fazer uma pesquisa no Twitter sobre o assassinato da sua filha e constatar o júbilo de milhares de imbecis que celebram o acto terrorista, para percebermos que é uma figura odiada pela turba de apparatchiks que não têm problema nenhum em desejar a morte de todos aqueles que não se sujeitem à tirania da opinião e ao controlo do pensamento que está em vigor nas redes sociais e na imprensa.
Nesta segunda década do Século XXI, até os filósofos são alvos a abater. Estamos a recuar séculos em substância civilizacional.