sexta-feira, setembro 29, 2023
No Ocidente, a semântica foi virada ao contrário.
Pentágono vai travar guerra da informação com tecnologias de vigilância baseadas em inteligência artificial.
EUA: Departamento de Segurança Interna investe milhões num programa que vê a liberdade de expressão como um acto terrorista.
Deutsche Bank: A Alemanha corre o risco de se tornar o “homem doente da Europa”.
Stonehenge foi levantado por africanos. E a Torre Eiffel, pelo Sultão do Egipto.
quarta-feira, setembro 27, 2023
Sondagem: Trump à frente de Biden por dois dígitos.
A anemia é agora uma doença que resulta de “racismo sistémico”.
Haiku do espaço-tempo.
O meu telescópio de mil novecentos e troca o passo
Transporta-me para os anéis
De Saturno.
Guerra por procuração: como o Ocidente falhou ao utilizar a Ucrânia para destruir a Rússia.
Von der Leyen relaciona a Rússia com a bomba atómica de Hiroshima.
Lavagem ao cérebro: escolas portuguesas ensinam às crianças que a mortalidade por Covid pode estar relacionada com a poluição atmosférica.
terça-feira, setembro 26, 2023
Haikus do alto da falésia (Décima temporada, segunda série)
Rasguei uma página do Moleskine.
Carne
Viva.
Darwin não explica
Os concertos
De Brandenburgo.
Einstein não equaciona
A improbabilidade
Do ser.
E Heisenberg está incerto
Sobre a beleza
Do mundo.
O cosmos é a obra prima.
O resto são
Orações.
A Marinha portuguesa
É uma potência marítima.
(Na baía minúscula).
Nem acredito que estou a pagar
Este aparato de canhões
Calados.
Telescópio.
Começas a ver o céu
De outra maneira.
Todo o haiku é um elogio
À magnífica obra
De Deus.
Há quem consiga viver
Sem música
(Subo o volume).
Até a Marinha aprecia
O luar que a noite
Faz.
Gostava de saber lidar
Com a dor
Como Marco Aurélio.
O Álvaro
É o meu melhor
Amigo.
O sino da minha aldeia
É mais de aldeia
Que aquele que o Pessoa cantava.
Até porque no Chiado
Ninguém tem vista
Para o abismo.
Entre mim e o Fernando
Vai sempre haver
Sexo.
No outro dia sonhei com ele.
Dava-me um abraço
No céu.
Afinas as lentes,
Ajustas o foco e vês
As rugas da Lua.
segunda-feira, setembro 25, 2023
Princípio do fim? Polónia anuncia que não vai enviar mais armas para a Ucrânia.
Parlamento britânico infiltrado por espiões ao serviço da China.
Como fazer sofrer a plebe.
Radares, limites insanos à velocidade, multas que são só mais uma forma de taxar os já ultra taxados automobilistas, ataques da tribo apocalíptica ao motor de combustão interna. São todas maneiras, entre muitas outras, de fazer guerra às massas. E obliterar as suas liberdades e direitos.
E talvez o que enerva mais, é que muitas destas agressões são feitas em nome de salvar vidas.
Cambada de hipócritas manhosos.
domingo, setembro 24, 2023
Hannah Arendt e a banalidade do mal.
sábado, setembro 23, 2023
A Verdadeira História da Pandemia Covid. Capítulo VII: Conclusões
CEO da JPMorgan quer confiscar propriedade privada para “salvar” o planeta.
O inimigo é a América.
A McDonalds Japão lançou uma campanha enternecedora, que apela aos laços afectivos da família nuclear. 100 milhões de visualizações no Twitter.
特別じゃない、しあわせな時間。 pic.twitter.com/P7Og6hbMsx
— マクドナルド (@McDonaldsJapan) September 20, 2023
Entretanto, na América (4 milhões de visualizações):
“Black trans women have a very simple message: stop killing us” - @imarajoneshttps://t.co/KLsZbLzH7i pic.twitter.com/F7IGLPlAK4
— McDonald's (@McDonalds) June 29, 2020
Não há, neste momento, e mesmo considerando ameaças sérias como a China, o Paquistão ou a Coreia do Norte, país mais perigoso para a civilização do que os EUA.
Imprensa corporativa celebra mães que lamentam publicamente a existência dos seus filhos.
sexta-feira, setembro 22, 2023
Haikus do alto da falésia (décima temporada)
Escrevo agora
Mais do que leio.
Maus hábitos.
O antídoto para a dor
É outra dor
Maior.
A melhor companhia que podes encontrar
na curvatura da Terra,
És tu.
Beethoven escrevia música
Como se amanhã
Fossemos todos surdos.
O Moleskine, a velha Parker
E a baía:
O haiku escreve-se sozinho.
Às vezes,
Sinto que escrevo
Por outrem.
Às vezes,
As palavras saem por instinto
Ou memória de alguém.
The Cure.
Nunca uma banda foi tão apropriadamente
Baptizada.
Tendinite.
Deus está zangado
Comigo.
Como é que uma pessoa
Pode ter medo do seu próprio
Temperamento?
Já não escrevo haikus.
Limito-me a deixar a Parker
Versar.
Escrevo às escuras
Para que na luz sejam outros
Estes haikus.
Nem todos os meus haikus
Chegam ao blog,
Graças a Deus.
Às vezes hesito,
Mas a Parker continua
O seu ofício.
Chega a ser estranho
Ter tantos moleskines
Repletos de maus versos.
Às tantas ainda descubro
Um poeta
No polegar.
Lua Nova:
É a luz da traineira que separa
O céu do Atlântico.
No limite do horizonte,
Percebo um submarino.
Ah, a ironia.
Portugal precisa de um submarino
Como um abstémio
De Gurosan.
O periscópio não tem vista
Para o sonho
De Vasco da Gama.
Chameleons.
Há trinta anos faziam música
Para agora.
Estou naquelas noites em que sai
Um haiku
Por minuto.
Quando não consegues parar
O que estás a fazer:
Felicidade.
Amanhã
Ainda vou ser
Vivo.
O que teve que acontecer ontem
Para que amanhã
Ainda seja vivo.
O ateu nunca vai perceber
A piada
Disto.
Boletim meteorológico:
Não sabem de todo
O que estão a fazer.
Prometem chuva para amanhã
Como o apocalipse para
Depois.
Gosto de jornalistas
Como um boxer
De levar porrada.
Não sei bater em ninguém.
Vingo-me
Assim.
Espero sinceramente que as palavras magoem tanto
Como as flores de estufa
Garantem.
Psychadelic Furs:
Como um circo completamente
Independente.
Clic.
Desligo a Parker e volto a ser dono
Do silêncio.