terça-feira, maio 27, 2025

A Arqueologia como Cosa Nostra.

Demonstrando que é capaz de partilhar a sua imensa plataforma com toda a gente, literalmente com toda a gente, Joe Rogan convidou Zahi Hawass, o corrupto e infame "egiptólogo" e ex-Ministro das Antiguidades egípcio que tudo fez e continua a fazer para impedir um aprofundado estudo arqueológico de toda a monumentalidade faraónica e o respectivo esclarecimento dos seus mais flagrantes enigmas.

É fácil de perceber que Hawass tem muito mais de mafioso do que de arqueólogo, e até Rogan já o reconheceu, este é capaz de ser o pior episódio de sempre do Joe Rogan Experience. O Egípcio passou as duas horas da conversa a atirar areia para os olhos de toda a gente, com aquela atitude de "não há nada para ver aqui", muito característica do mainstream corporativo; a engrandecer-se risivelmente, minuto sim, minuto sim; a tentar vender o seu último livro com o desplante de um comerciante de automóveis gripados; e a demonstrar avidamente que tem mais poder que integridade. 

Não recomendo assim que a estimada audiência perca muito tempo com este objecto altamente constrangedor e deprimente, mas vale a pena consumir uns pouco minutos de qualquer segmento do extenso clip para se perceber o nível manhoso, fraudulento, nepotista e, de todo em todo, rasca do homem que tem enorme poder sobre aquilo que sabemos e não sabemos do nosso passado em geral e acerca do planalto de Gizé, em particular.

 
A academia contemporânea é uma abominação. O que nos salva é que as pessoas estão cada vez mais despertas para a fraude dos peritos e a caixa de comentários do podcast no Youtube é uma maravilha da recensão crítica contemporânea: