Natali e Clayton Morris viveram em Portugal durante cinco anos. E celebram, com alguma ingenuidade típica dos norte-americanos, a lei que o Chega, a opinião pública e os acontecimentos em Espanha forçaram o PSD a fazer passar na AR, e que, talvez surpreendentemente, restringe pela primeira vez o fluxo imigratório que está a transformar o país numa colónia muçulmana.
Não creio que esta lei vá mudar seja o que for, para ser sincero, porque vivo aqui há 58 anos e sei perfeitamente que quem manda neste país não são os políticos eleitos, mas o arco corporativo dos burocratas de Bruxelas e dos interesses empresariais.
E de qualquer forma, o mal já está feito, porque enquanto os portugueses têm 0,2 filhos por cabeça, os paquistaneses têm quatro ou cinco. Daqui a vinte ou trinta anos a nação será não de Cristo, mas de Maomé.
Seja como for, não deixa de ser divertido ouvir o casal americano, que sigo regularmente e que deveras considero, elevar Portugal ao estatuto de país charneira no combate ao globalismo e André Ventura ao altar de redentor da coisa... Quero dizer: é divertido tanto como fantasioso.
O segmento sobre a CNN Portugal é igualmente hilariante, embora também aqui os Morris me pareçam muito optimistas quando dizem que os portugueses avaliam a coisa pelo que ela é - um instrumento de propaganda liberal-leninista. Tenho a certeza que há pelo menos centenas de milhar de retardados neste país que seguem o canal com reverência religiosa.
