terça-feira, outubro 14, 2025

A imprensa conservadora americana está a atingir o nível propagandístico da CNN.

Até me faz doer os olhos aquilo que vejo acontecer todos os dias com a imprensa dita independente nos Estados Unidos da América. 

Depois de passarem anos a maldizer, e com razão, os meios de comunicação social corporativos, por total ausência de critério jornalístico e absoluta rendição às narrativas dos poderes instituídos em Washington, os títulos da direita americana transformaram-se eles próprios numa aberração propagandística absolutamente servil e disposta a tudo para justificar o injustificável.

Agora Trump é um pragmático, a seguir será um idealista, amanhã um pacifista e depois um justificadíssimo falcão. Tudo depende da disposição com que o presidente acorda e como ele acorda com uma disposição diferente todos os dias, as cambalhotas da imprensa que está lá para o servir - em vez de servir o leitor - são cada vez mais acrobáticas.

O nacionalismo saloio, o dogma ideológico e anos de humilhações às mãos do regime democrata, cegaram esta gente, e títulos outrora respeitáveis como o The Federalist são agora uma espécie de negativos do Washington Post: mentem, exageram, escondem, manipulam, vangloriam, jogam carradas de areia para os olhos das audiências. Fogem da verdade como o Diabo da Cruz.

E Donald Trump pode declarar guerra à Rússia e bombardear países em 3 continentes diferentes; pode financiar genocídios, encobrir redes pedófilas, perdoar traficantes de menores, beijar Albert Bourla e vacinar-se contra doenças inexistentes; pode importar 600.000 mil asiáticos por ano, mentir com quantos dentes tem de cada vez que abre a boca, trair o seu mandato eleitoral de cada vez que assina uma ordem executiva; pode manter a inflação a níveis estonteantes e o desemprego da população nativa nos números aberrantes de sempre, neste século; pode aumentar desmedidamente a desmedida dívida pública americana, instalar aos comandos do sector tecnológico os piores actores que podemos imaginar, empurrar a indústria da inteligência artificial para a supremacia que reduz o ser humano a menos que zero; pode transformar o movimento America First numa palhaçada America Last que os apparatchiks da comunicação social conservadora vão aplaudir, omitir, lavar, dar o devido spin.

É deprimente à brava, poça.

E não, Trump não é o "melhor estadista do nosso tempo". Está até a milhas de ser um simples "estadista". É um homem velho e fraco, perdido no labirinto de Washington, manietado pelos poderes instituídos no pântano, que nem sequer sabe distinguir amigos de inimigos, que está comprometido com os mais sinistros interesses do complexo militar-industrial, que não consegue disfarçar a alegria do gatilho e a fanfarronice egotista.

E não, não é um realista, porque vive de tal forma alienado da realidade que não consegue ler as expectativas e as angústias do seu próprio eleitorado; e, também por isso, é manipulado por sionistas e globalistas e trans-humanistas e neocons com uma facilidade espantosa.

Na melhor das hipóteses ficará para a história como um traidor do movimento populista. Na pior, como o homem que nos conduziu direitinhos à Terceira Guerra Mundial.