segunda-feira, novembro 10, 2025

Max do outro mundo.

O senhor Franz Hermann cumpriu ontem, em S. Paulo, uma corrida absolutamente maluca. Partiu das boxes. Teve que voltar às boxes à sétima volta por causa de um furo. E, ainda assim, fez terceiro. 

No entretanto, executou uma ultrapassagem a George Russel, na curva 1, por fora, que vai ficar para os anais. 

Max Verstappen dificilmente conseguirá o número de títulos de Hamilton ou de Schumacher, mas também será complicado, no fim das contas, contestar o seu estatuto de alienígena da coisa.

E não é só na F1 que prova essa categoria de piloto extraterrestre. Ainda no outro dia fez a sua primeira corrida GT3 no Nurburgring e deu uma banhada a toda a gente da primeira à última volta.

O rapazinho é demais, poça.

E não é só como piloto que eu gosto dele. Gosto dele como homem: diz o que tem a dizer, não tem medo de ninguém, é plebeu do simracing como aristocrata da vida real, nunca entrou na palhaçada woke, trata os jornalistas como devem ser tratados (abaixo de estúpidos), trata a FIA como deve ser tratada (como a organização mafiosa e autoritária que é), tem um humor muito particular que serve milhares de memes por dia, e parece-me, sinceramente e apesar de ter sido sujeito a uma educação draconiana, um tipo completamente saudável de cabeça, considerando que de qualquer forma terá que ser um bocado tresloucado para correr como corre.

É o prototipo de um campeão. E um exemplo edificante para os jovens que o seguem e, justificadamente, o admiram.