No que diz respeito à Teoria Geral do Direito da Morte, este vosso dedicado amigo é um tipo um bocado inconsistente. Sou, por princípio, contra a pena capital e tenho muitas dúvidas e resistências em relação ao aborto. Mas sou a favor da eutanásia e concordo com o suicídio (não acho nada cobarde um gajo optar por se matar e penso até ser de valentia um gesto assim higiénico). Há aqui, mesmo assim, uma lógica: acredito que ninguém tem direito a tirar a vida a outra pessoa, mas toda a gente tem legitimidade para terminar com a sua própria existência.
Porém, quando leio no Expresso que um canalha qualquer teve a indecência espantosa de prender um cão faminto a uma parede de uma galeria de arte para fazer da morte do animal um objecto da exposição, tenho que dizer: este homem devia morrer já. Mas é que era já. Puta que o pariu, dêem-lhe imediatamente um tiro.