domingo, janeiro 11, 2009

Not responding properly to mission demands.



O impossível é uma fronteira, ou uma viagem? Se deixar a alfândega e entrar na carruagem, Deus fica zangado? Passo os dias a sonhar acordado com o diabo de uma passagem.

A física dos homens é de precisa matemática e até a quântica há-de ter a sua gramática. Mas o cosmos - está provado - não é exacto mestrado: é uma valsa acrobática.

E se o acelerador perder o medo à embraiagem e disparar para além dos limites da paisagem, o que é que acontece? Não é a velocidade que favorece a corrosão na fuselagem.

Sábios de todo o mundo e druidas de sacristia amontoaram vãs descobertas em grande histeria. Não me digam que faz sentido o mundo conhecido ou a gravidez de Virgem Maria.

Num universo dividido entre o infinito e o zero, reina a lógica de Aristóteles ou a poética de Homero? Prostrados na Lua do sul pelo paralelepípedo azul, os astronautas são os deuses, ou o clero?

O impossível é uma fronteira, ou uma viagem? E o pássaro sem trem de aterragem que voa da Terra aérea para a negra matéria: é uma cruz, ou uma fotomontagem?

E se de repente o tempo se resumir num evento, a quanto marcha a velocidade do pensamento? Para o bem e para o mal, a versão 9000 do HAL tem resposta no momento.

O impossível é uma ilíada, ou uma odisseia? É a fusão nuclear que se desencadeia e este é o alinhamento da rampa de lançamento que é necessária à epopeia.