domingo, novembro 17, 2013

O que encontras no fim da estrada não é propriamente um arco-íris.



Na ressaca do sucesso de "On The Road", a coroa de glória do movimento beatnick, Jack Kerouac perde-se no Big Sur, entre o alcoolismo militante e a falência filosófica de uma geração sem projecto filosófico. O filme de Michael Polish, baseado no livro de Kerouac com o mesmo nome, é belo e eficaz, tanto mais que não tem medo das palavras. E as palavras de Kerouac, que jorram da fonte do desespero como água envenenada por Deus, valem mais que todos os 25 frames por segundo que o cinema possa inventar.