quarta-feira, setembro 23, 2015

Só por cinco dias.

Só, por cinco dias só. Apenas eu comigo e com as minhas raivas-comichões. Eu somente em mim com os meus poemas e as minhas canções, com os meus livros- -toneladas que são o único peso que transporto no itinerário do jogo dos cavalinhos que é a vida.
Só, por cinco dias só. Só, por cinco dias desacompanhado do exército dos outros, do ruído e das opiniões e das conversas de telejornal e dos lamentos futebolísticos e dos clientes, poucos mas barulhentos; e dos amigos, poucos mas quizilentos; e da família, curta mas exigente; e dos empregados de café, que têm sempre a mania que me conhecem de algum lado; e, afinal, de toda a gente: estou só, com o mar pela frente.