tem os dias contados.
À medida que se somam os protestos, à medida que a insatisfação da classe média cresce e na directa proporção do ressentimento das forças armadas francesas, o ar parisiense fica cada vez mais impregnado pelo aroma da revolução. E Macron está progressivamente a parecer-se bastante, nos sentidos metafóricos e literais, com Luís XVI. O autoritarismo de tiranete, o autismo elitista, a pretensão e o paternalismo, está tudo lá no sítio certo para que a comparação não seja disparatada.
No sábado passado, o slogan entoado por dezenas de milhares de franceses era este:
Macron nunca se demitirá, como é óbvio. E é por isso que o drama só pode subir de tom.
Concordando comigo (ou sou eu que concordo com ele), o Darren Beatie escreveu na Revolver um pertinente artigo sobre este assunto, cuja leitura recomendo: Something Truly Remarkable is Unfolding in France, And It’s Starting to Feel a Little “King Louis-ish”