Porque Deus é grande e insomníaco, Laurel Hubbard, o homem a quem os alienados do Comité Olímpico permitiram o acesso à competição feminina de halterofilismo, não conseguiu cumprir um ensaio que fosse, na prova da sua vergonha.
E porque não há nada que não seja arruinado pela loucura e pela fealdade Woke destes tempos escatológicos, os Jogos de Tóquio têm sido uma palhaçada sem nome. Entre os péssimos resultados desportivos, o deficit de espectacularidade e emoção, as inserções despropositadas de ideologia, os abandonos diletantes e os pânicos pandémicos, este episódio será talvez o culminar da manifestação circense.
Mas o que não faltam são exemplos da lunática volição: a prova mista de 4x400 metros estafetas é das coisas mais monstruosas que alguma vez vi num espectáculo desportivo. E seguramente uma insustentável humilhação pública para as mulheres, que são esmagadas no tartan pela natural superioridade atlética dos homens nas corridas em que a divergência táctica das equipas faz com que tenham de competir directamente com eles, como aconteceu numa das eliminatórias de apuramento para a final: a atleta nigeriana que recebeu o testemunho para os últimos 100 metros num confortável primeiro lugar, foi ultrapassada por sete homens como se fosse a passo. Não me lixem: isto é moral e esteticamente absurdo.
O que vale é que na verdade ninguém está a ver o triste espectáculo. Nem nas bancadas, nem nas televisões, nem na net. Perante o freak show do politicamente correcto, as audiências colapsaram. Por uma vez, um facto que faz todo o sentido.