O segundo troço finlandês do Dirt Rally 2.0, com a extensão de 16 kms, basea-se na restante metade do Ouninpohja do mundial de ralis da vida real. É ligeiramente menos acidentado e mais sinuoso do que o trajecto anterior, mas também mais escorregadio, integrando várias curvas com ângulos de banking negativos, que espoletam forças termodinâmicas empenhadas em empurrar o automóvel para as valetas limítrofes.
Há muitos saltos em curva ou localizados muito próximo das curvas, que destabilizam as trajectórias, obliteram dezenas de metros de travagem e cegam completamente a morfologia da estrada.
Considerando que abordas essas curvas a 180 ou 200 à hora e com as quatro rodinhas a um, a dois ou a três metros acima da boa e velha superfície da Terra; considerando que a estrada é basicamente delimitada pelo cerco dos magníficos pinheiros silvestres, abetos e bétulas que são típicos desta pista florestal, temos que render justa homenagem aos senhores que fazem disto profissão e disparam os automóveis do mundo concreto por estas estradas, como anjos suicidas.
Ainda assim, consigo um tempo dentro dos 125 primeiros, o que está mais que bem para aquilo que posso e sei fazer. Dou-me por feliz e contente.
No sentido inverso, o dia está claro e a gravilha está seca e faço um prova fluída, apesar de duas saídas de pista a grande velocidade e em vôo assimétrico, que só não resultaram em morte imediata porque os deuses do sim racing estavam extremamente bem dispostos.
Marco um tempo muito próximo dos 500 primeiros e sinto, sinceramente, que podia ter feito melhor. Mas há que respeitar a boa regra de duas horas de tentativas por troço e assim sendo, resigno-me ao fado lento.
Cumpri apesar de tudo o objectivo de melhorar a média classificativa a que me tinha proposto na conclusão da primeira parte deste desafio.
A seguir nesta série: a odisseia que se corre num quartel militar alemão.
Até lá, boa viagem, à velocidade de Deus.