Nem de propósito, Tucker Carlson pegou ontem à noite no assunto que nas últimas 36 horas é o tema quente deste blog: os laboratórios biomédicos que não existiam na Ucrânia e que agora já existem e que não estavam envolvidos na pesquisa de armas biológicas de destruição maciça e que agora já estão e que não eram financiados pelo governo americano e que agora já são.
Se fosse inventada, esta rábula era obra de má ficção, considerando o contexto e as origens da pandemia que ainda agora era uma ameaça apocalítica e que num instantinho o deixou de ser. E de tão negada, primeiro pela imprensa, pelos fact checkers e por outros prestadores de sexo oral à administração Biden; depois pelo Departamento de Estado e pelo Pentágono, começou a tresandar a escândalo e a cair na suspeição pública. E a queda foi rápida: enquanto a bateria de mentiras foi superada pela claridade dos factos, o diabo nem teve tempo para esfregar o seu olho cego.
Tucker Carlson consegue até chegar à conclusão, dolorosa para o seu coração patriota, de que para ficar a conhecer os factos são mais credíveis as fontes do inimigo (Rússia e China), do que as provenientes do seu desgraçado país.
E já agora: que mania é esta dos americanos andarem a patrocinar centros de investigação de perigosíssimas doenças patogénicas em locais antípodas como a Ucrânia e em territórios inimigos como a China? Qual a lógica de estado por detrás destes investimentos, incautos e clandestinos e insensatos? E por que raio é que, sabendo que as forças militares russas podiam rapidamente aceder ao conteúdo científico e logístico destes laboratórios, ninguém fez nada para os destruir?
Deixam-se armas biológicas nas mãos dos russos como helicópteros e carros de combate na posse dos afegãos. E menos por incompetência do que por intransigente cumprimento de agenda fanaticamente apocalíptica. É assim mesmo que se cria o caos: arma os teus inimigos para que eles destruam barbaramente povos e nações. E para que tu depois com redobrada barbaridade os possas destruir a eles.
Citando Satanás: quanto pior, melhor.
