Resultado da investigação realizada a propósito do julgamento de Ghislaine Maxwell, a Procuradoria Geral dos Estados Unidos tem em seu poder a lista de clientes pedófilos de Jeffrey Epstein. Essa lista, seguramente constituída por gente muito rica e muito poderosa, que preenche uma parte significativa da elite americana e não só (o príncipe Eduardo, duque de York e filho favorito da rainha de Inglaterra é um caso flagrante), seria de grande utilidade para investigar a rede criminosa e processar os predadores, sossegar as vítimas e, de uma vez por todas, calar os rumores e as teorias da conspiração que suspeitam que um tenebroso anel de pedofilia cerca as mais altas esferas do poder em Washington.
Ao contrário, e contribuindo para a intensificação dessas teorias, a procuradoria nesta altura já deve ter destruído a lista ou estará fechada a sete chaves no cofre mais seguro da história das arcas secretas. Nem a informação veio a público nem nenhum processo judicial foi levantado contra os criminosos que nela constam.
Only thing more remarkable than DOJ not leaking the list is that no one in the media cares. Doesn’t that seem odd? pic.twitter.com/JEK4TErABB
— Elon Musk (@elonmusk) June 4, 2022
Para além da corrupção óbvia da procuradoria, até Elon Musk estranha que a imprensa não se mostre curiosa. Num mundo normal, uma lista de pedófilos ricos e poderosos caída nas mãos da justiça e pela justiça sonegada faria manchete em todos os jornais de referência, seria tema de abertura de telejornais e assunto favorito de artigos de opinião. Prémios Pulitzer seriam ganhos a propósito de reportagens de fundo sobre o escândalo, adaptações ficcionadas e documentários objectivos seriam produzidos a propósito e às carradas.
É verdade. Mas não vivemos num mundo normal. Vivemos num mundo satânico, em que muitos dos actores das elites ocidentais têm por hobby a prática de sexo com crianças. E fazem-no com toda a impunidade. Porque nem a justiça nem a imprensa parecem disponíveis para expor a podridão. Porque a justiça e a imprensa fazem parte da podridão.