Como já por várias vezes escrevi aqui no blog, os sonhos marcianos de Musk, os projectos delirantes da NASA e até as tímidas projecções da ESA referentes à conquista espacial num futuro mais ou menos próximo são, neste momento, completamente irrealistas, dado um problema central e irredutível: o ser humano foi concebido para viver no planeta Terra. A exposição a largos períodos de existência no espaço arruina-lhe completamente a saudinha e não há grandes soluções para resolver esse problema. De que é que adianta colocar astronautas numa qualquer geografia do sistema solar se eles vão chegar lá com cancros pancreáticos?
Anton Petrov disserta sobre a quantidade monumental de estudos que comprovam a inviabilidade de manter a saúde dos astronautas a um nível que lhes permita os necessários índices performativos, enumerando algumas das virulentas patologias, falências musculares, disfunções metabólicas, mutações genéticas e ameaças cancerígenas a que o organismo humano é sujeito no espaço sideral.