quarta-feira, maio 31, 2023
Satanás: não passarás.
Nota: mais ou menos na altura em que escrevi este artigo, que ilustrei com a famosa "Queda dos Anjos Rebeldes" de Pieter Bruegel, o Velho, estava Bob Moran, o genial e corajoso cartoonista que tantas vezes é partilhado no Blogville, a criar este boneco monumental, dedicado à mesma causa versada no texto e também inspirado na mesma obra do mestre Flamengo.
This piece is most influenced by Bruegel’s ‘The Fall of the Rebel Angels’, which was originally thought to have been painted by Bosch. So obviously, there’s a lot of him in there too. pic.twitter.com/iq7mlTxzAW
— Bob Moran (@bobscartoons) May 27, 2023
Orgulho gay: Orgulham-se de quê, exactamente?
A realidade não é o que parece ou os limites da percepção humana.
De marcas, mensagens e arrepios na espinha.
Um dos fenómenos mais intrigantes do imaginário OVNI são as "Crop Marks", ilustrações abstractas, de carácter geométrico, que são gravadas em extensas áreas de cultivo agrícola por todo o mundo e com espantosa frequência. Também aqui, a fraude concorre com factos irredutíveis. Esta é aliás uma característica imanente em todos ou quase todos os eventos relacionados com objectos voadores não identificados.
Dá a sensação que há sempre gente disponível para criar ruído com falsos testemunhos e fabricação de factos de forma a descredibilizar muitas outras situações que na verdade não se adequam de todo às explicações científicas ou às circunstâncias equívocas e que permanecem inexplicáveis.
E para destrinçar entre o que é fraudulento ou decorrente da acção humana e aquilo que, à luz do que sabemos, não tem explicação para além de constituir uma manifestação de inteligência extra-terrestre, ninguém neste momento oferece competição a Andrew Gentile.
Chamo a atenção para o minuto 10, quando Gentile fala da crop mark que foi gravada numa seara em 2001, em resposta à famosa mensagem enviada em 1974 pelo Radio-Telescópio Arecibo na direcção de um cluster de estrelas na constelação de Hércules, localizado a 25.000 anos luz da Terra.
A "Mensagem de Arecibo" foi pensada semântica e graficamente por uma equipa de cientistas, que incluía Carl Sagan, para funcionar como um universal cartão de visita da raça humana, na expectativa de pudesse chegar a outras entidades inteligentes no universo. Descrevendo a morfologia e a genética humana, a geografia local e sideral da Terra, a composição química dos elementos fundamentais à vida, entre outros detalhes, a mensagem - especularam alguns - poderia funcionar, muito para além das expectativas dos seus criadores, como um convite à caça, no caso de ser captada e descodificada por uma civilização predadora.
Aquela que ficou depois conhecida como a "Resposta de Arecibo", gravada num campo agrícola anexo a outro radio-telescópio - o Chilbolt - é arrepiante. E não tem explicação racional ou científica que conduza à conclusão de se tratar de uma fraude ou de qualquer fenómeno natural, como é óbvio pelas imagens inclusas em mais um muito competente episódio do Why Files.
terça-feira, maio 30, 2023
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Obrigado.
Relatório Durham: O FBI como agência corruptora da democracia americana.
A queda de Jordan B. Peterson.
segunda-feira, maio 29, 2023
Abençoada sorte malvada.
Fisco suspende equipa de investigação a Hunter Biden, em acção “claramente retaliatória”.
“Back in Black”: entre o luto e a euforia.
Uma abada: Tucker Carlson esmaga Fox News em índices de popularidade.
Teorias da simulação, revistas e actualizadas.
Vou ser o mais honesto possível. Nunca simpatizei muito com as teorias do universo como simulação, não porque não façam sentido à luz do que conhecemos sobre o cosmos, as suas leis e os seus enigmas, mas porque são geralmente engendradas por activistas ateus, que estão mais preocupados em erradicar a ideia de criação divina do que outra coisa qualquer.
Mas Andrew Gentile, em mais um exercício de síntese e claridade, alvitra neste clip a hipótese inversa, que de certa maneira já coloquei em textos sobre ciência e religião: se o universo corre como um programa de simulação, tem que haver um programador. E a esse programador, podemos chamar Deus.
Clérigos e físicos, ateus e crentes, podiam finalmente, com esta solução elegante, resgatar à história um acordo de cavalheiros.
Até a impossibilidade em aceder ao conhecimento exacto da mecânica da matéria, que a quântica coloca para desespero da ciência humana, pode ser 'resolvida' com a hipótese da simulação. E isto não é dizer pouco.
As teorias do universo como simulação têm ainda a vantagem, a meu ver simpática, de garantirem uma substancial margem de manobra ao livre arbítrio. Em qualquer jogo de realidade virtual, o jogador tem liberdade de movimentos, dentro de um quadro de leis fundamentais que regem um determinado micro-cosmos. As suas acções vão ter consequências em tempo real, mas também no fim do jogo. Num universo simulado o Sapiens seria, em largo sentido, livre e responsabilizado pelos seus actos.
Assunto a desenvolver. Por enquanto, aconselho este episódio seminal do Why Files.
domingo, maio 28, 2023
Para vencer o Giro não basta sobreviver-lhe.
É preciso ter coração de leão e pernas para a glória.
Acesa durante a primeira semana, apagada durante a segunda e de novo relançada no seu último terço, a prova sofreu muito no seu índice competitivo por ter perdido o primeiro candidato à vitória - Remco Evenepoel - logo no primeiro dia de descanso, e Tao Geoghegan Hart pouco tempo depois, o vencedor da edição de 2020 e que parecia destinado a discutir com o belga o primeiro lugar da classificação geral.
Perante estes abandonos, e outros muitos, as equipas de topo ficaram, às páginas tantas, estratégica e tacticamente desorientadas. A Soudal QuickStep chegou este domingo a Roma com dois atletas apenas. A Ineos Granadiers com cinco (embora com três no top 10). A UAE nunca pensou que teria que comandar o pelotão. E a Jumbo Visma, que tinha partido para a prova com cinco entradas de última hora e parecia condenada a um giro difícil e discreto, apostando tudo no génio de Primoz Roglic e na capacidade de sacrifício de Sepp Kuss, acabou por terminar os 21 dias da competição com o seu elenco integral e, na última etapa "a doer", uma duríssima crono-escalada de mais de 40 quilómetros, roubar a camisola rosa a Geraint Thomas, depois de um esforço monumental de Primoz Roglic, que conseguiu ganhar quarenta segundos ao britânico, mesmo depois de ter que parar para colocar a corrente na transmissão da sua bicicleta, que se soltou num momento em que uma irregularidade do asfalto não compaginou com o binário hercúleo que o eslovaco estava a meter na estrada.
Este foi aliás o momento chave das três semanas. Toda a gente que gosta de ciclismo se lembrou do contra-relógio final do Tour de França de há três anos atrás, quando Roglic perdeu a prova para Pogacar, também a subir montanha acima. Desta vez e contra o relógio tanto como contra o azar, Roglic triunfou. E merecidamente, demonstrando que para vencer o Giro é preciso mais do que sobreviver às dificuldades e adversidades da prova. É preciso ter corpo e alma de campeão. E capacidade de transcendência.
Depois de, na décima sexta etapa, João Almeida e Geraint Thomas se terem aliado para fazer o esloveno sofrer a bom sofrer, nas duas etapas de montanha que restavam antes da crono-escalada, Roglic mostrou que continuava a bom nível, e, desta feita invertendo a aliança, juntou-se a Thomas para deixar Almeida condenado ao último lugar do pódio. Quando chegou à crono-escalada, o ciclista da Jumbo tinha vinte e poucos segundo de atraso para o inglês da Ineos. A oportunidade de ganhar uma grande volta para além da espanhola, onde já triunfou por três vezes, estava lá. E o esloveno não a desperdiçou, demonstrando, se preciso fosse demonstrar, num esforço épico e inesquecível, toda a sua classe e fibra de grande campeão.
Ao fazer terceiro na classificação geral, João Almeida fez história, juntando-se a Joaquim Agostinho no restrito clube dos ciclistas profissionais portugueses que conquistaram um lugar no pódio das 3 grandes voltas do circuito mundial, ganhando o prémio da juventude e ainda uma etapa. Está de parabéns. Mas está também longe de convencer como candidato a uma vitória, seja no Giro, seja no Tour, seja na Vuelta. Na decisiva crono-escalada de Sábado, Almeida ficou a 50 segundos de Roglic, apesar até de ter feito terceiro na etapa.
Ainda assim, os adeptos de ciclismo em Portugal não se podem queixar. Têm um ciclista capaz de brilhar nos palcos mais exigentes, com regularidade e espírito combativo. E confesso que gostaria de ver o João a fazer um Tour de France, que é uma prova mais alinhada com as suas características atléticas e mentais. Isto embora a participação do ciclista de A-dos-Francos na prova francesa implicará sempre o serviço ao atleta maior da sua equipa: Tadej Pogacar.
Mas como constantemente nos é ensinado pelos deuses do ciclismo, e como foi bem evidente nesta edição do Giro, estamos sempre longe de fazer uma mínima ideia sobre o que é que pode acontecer numa prova de 3 semanas, disputada por atletas de elite mundial.
New York Times distorce a História para defender a invenção Netflix de que Cleópatra era negra.
Professora de Cambridge: a “Solução Final” para as alterações climáticas é a extinção da humanidade.
terça-feira, maio 23, 2023
Isle of Man: só para homens de barba rija.
Como fã de corridas de automóveis, fico sempre parvo com a coragem dos pilotos profissionais. Ou de um grande números deles, pelo menos. Neste clip, que não é nada menos que alucinante, Mark Higgins comenta a volta em que, ao volante de um Subaru STI especialmente desenvolvido para a circunstância, bateu o recorde do célebre, interminável e perigosíssimo circuito da Ilha de Man.
É preciso ter muito jeitinho e muita confiança para fazer o que Higgins faz aqui. Mas são sobretudo necessários tomates. Poça.
Sou um rebelde. Que a polícia ama.
Como é que se deve sentir um atrasado mental, que pensa que é um rebelde doido por fazer parar o trânsito em nome do culto ambientalista, quando vê que a polícia trabalha activamente a seu favor? Quando elites, academias, governos e os correspondentes megafones da imprensa corporativa estão em uníssono do seu lado? Que espécie de rebelde é endeusado e protegido assim pelo sistema?
É rebelde nenhum, claro. É só mais um parafuso na máquina.
Os genuínos rebeldes de hoje são os desgraçados da classe operária que querem trabalhar, que precisam de trabalhar, mas que ficam horas encurralados em engarrafamentos causados por parasitas que foram educados em Cambridge e em Oxford para serem uma espécie de mascotes dos poderes instituídos.
Às tantas, numa dada situação deste género narrada por Paul Joseph Watson, acontece aquilo que é expectável e há um desses verdadeiros rebeldes que se passa dos carretos e começa a arrastar os imbecis e privilegiados activistas do Just Stop Oil para fora da rodovia, só para ser imediatamente manietado e algemado e preso pela polícia.
Na situação, quem está de facto fora da lei são os activistas, que ilegalmente bloquearam a estrada, mas o alvo das "autoridades" é o colarinho azul que só quer cumprir o seu honesto dia de trabalho.
Surrealista.
Elon Musk contrata activista do WEF para CEO do Twitter.
Corporações e governos estão a planear um futuro que não inclui a carne.
Finalmente, o João decidiu partir a porcelana.
Depois de na semana passada o ter criticado com virulência por não atacar, contribuindo para o aborrecimento monumental que tem sido este Giro, o português atacou hoje, por várias vezes até e em grande estilo, e, frente a Geraint Thomas e depois de deixar para trás Primoz Roglic, que teve um dia menos bom, suplantou o britânico para fazer história e vencer a sua primeira etapa em grandes voltas. E a única até agora que foi digna dos pergaminhos e da história da competição italiana, ainda por cima.
João Almeida é agora segundo, a 18 segundos de Thomas e com 11 de vantagem sobre Roglic. Com duas etapas de alta montanha e uma crono-escalada ainda por disputar, a corrida não podia estar mais aberta entre estes três.
Seja como for, e mesmo considerando as desistências de Remko Evenepoel e Tao Geoghegan Hart, o ciclista das Caldas da Rainha provou hoje que é um voltista de topo. E um natural candidato ao primeiro lugar da classificação geral.
A ver vamos. Mas a partir de agora e até domingo, todos os adeptos portugueses de ciclismo vão estar em pulgas, isso é certo.
segunda-feira, maio 22, 2023
Reino Unido: adolescentes estão a ser doutrinados sobre homens grávidos e mulheres com pénis.
Sobre os escândalos Biden, a imprensa comporta-se como uma imensa agência de propaganda.
sábado, maio 20, 2023
Entrevista com a Gestapo.
O ContraCultura teve o raro privilégio de entrevistar um membro da polícia política LGBTQ a propósito da polémica que surgiu à volta do acrónimo 2SLGBTQQIA+!. Eis o registo dessa breve conversa.