quarta-feira, junho 25, 2025
Trump passa-se com israelitas e iranianos por desrespeitarem a sua ordem de cessar-fogo: “Eles não sabem que merda estão a fazer!”
Uma nova abominação: FDA aprova vacina contra a COVID produzida em células de insectos infectados.
Paz na Ucrânia: uma miragem? O possível ponto da situação.
Há que dar poder a quem tem nojo do poder.
Como sou, regra geral, um crítico acérrimo de TODOS os políticos, é natural que aqueles que me leêm se perguntem: mas que porra de gajo é que este animal queria ver no poder?
A resposta, por acaso, é muito simples: eu gostaria que as instâncias do poder político no Ocidente fossem interpretadas por amadores. Quero eu dizer, por pessoas como tu e eu, estimado leitor, que desejam tudo menos serem políticos e deterem poder político. Só merece o poder quem tem nojo do poder (sobre este assunto, será recomendável ler Marco Aurélio).
Ora, neste contexto taxonómico, o político amador que mais considero, nesta altura do campeonato, é um senhor chamado Thomas Massie, que já foi algumas vezes mencionado aqui no blog, e no Contra também.
Odiado de morte por Donald Trump, porque acha que o governo federal deve ser emagrecido radicalmente e radicalmente comedido em gastos, e porque acha que os Estados Unidos não se devem envolver em guerras só para alimentarem o complexo militar e industrial do país, a sede de sangue dos apparatchiks de Washington e a pressão sionista, o representante populista/libertário/republicano da câmara baixa do Congresso é um tesouro em forma humana. Quando está em Washington DC, vive numa autocaravana, no parque de estacionamento do Capitólio. Quando está na sua quinta de Kentucky, vive de tal forma independente que produz tudo o que necessita, incluindo alimentação e energia.
Massie é o verdadeiro dissidente da Câmara dos Representantes. Obstinadamente fiel aos seus princípios, destemido e irreverente e batalhador até ao limite do senso comum, este homem detesta fazer política (é um realizado engenheiro eléctrico), mas adora a possibilidade de contrariar as ambições dos políticos. Está na profissão por ódio da profissão. E esta participação no podcast de Theo Von, que, apesar dos seus 4 milhões de subscritores, é um produto mediático de tal forma informal e fora da caixa que é evitado pela "gente séria" da política americana, faz prova disso mesmo.
terça-feira, junho 24, 2025
And you, sir, don't know what the f*** you're doing either.
Donald Trump está muito zangado porque as lideranças do Irão e de Israel não respeitaram o cessar-fogo que decretou ontem, e "não sabem a merda que estão a fazer" (para não levar a tradução a um palavrão mais literal).
🚨 #BREAKINGNEWS Donald Trump is so pissed about his ceasefire falling apart hes dropping the word "fuck" live. This man is clinically insane. 🚨 pic.twitter.com/1cx5jsNvr9
— Ford News (@FordJohnathan5) June 24, 2025
Acontece que Donald Trump será, provavelmente, o líder que menor ideia tem da merda que está a fazer.
Porque se tivesse um mínimo de lucidez não se tinha enfiado neste pesadelo nem tinha bombardeado o Irão (desastrosamente e para consequência nenhuma) nem apoiado o ataque de Israel, nem permitido o genocídio em Gaza.
Já para não falar na sua também catastrófica - e igualmente inútil - interferência na guerra da Ucrânia.
Donald Trump anuncia o fim do seu teatro de alto risco.
França: 145 mulheres foram alvo de ataques com seringas durante um festival nacional de música.
Microsoft bloqueia mensagens de correio electrónico internas com o termo ‘Palestina’.
Circo máximo.
"A maior operação militar da história" será ao invés "o maior embaraço militar da história americana". O ataque às instalações nucleares iranianas deixou apenas o mundo mais inseguro do que estava antes, porque essas instalações permanecem operacionais (os bombardeamentos não foram tecnicamente adequados à robustez dos alvos), e porque os iranianos foram avisados a tempo, e deslocaram todo o urânio enriquecido para parte incerta. Antes sabíamos todos onde estava. Agora até pode estar na Coreia do Norte, dada a total ausência de informação sobre o seu destino último.
O teatrinho de alto risco de Donald Trump, que ainda há umas horas atrás anunciou um muito duvidoso cessar fogo entre Israel e o Irão, depois de ter permitido que Teerão atingisse uma base americana no Catar - um ataque igualmente encenado - é uma coisa inaudita, como se a guerra fosse agora uma espécie de espectáculo político, coreografado com máquinas apocalípticas e bombas de biliões de dólares, entre posts risíveis no Truth Social, falsas rondas de negociações e o genocídio na Palestina.
Quem tem conta no X, deve visitar este thread dividido em dez pontos de Dmitry Medved:
What have the Americans accomplished with their nighttime strikes on three nuclear sites in Iran?
— Dmitry Medvedev (@MedvedevRussiaE) June 22, 2025
1. Critical infrastructure of the nuclear fuel cycle appears to have been unaffected or sustained only minor damage.
Quem não tem, fica na esclarecida companhia dos dois Alexandres, que mal acreditam na incompetência, na estupidez e na desfaçatez da actual Casa Branca.
Administração Trump avisou Irão antes do ataque. Que é capaz de não ter sido tão bem sucedido como isso.
Culto da morte na distopia do Reino Unido: Parlamento descriminaliza aborto até ao último momento da gravidez e legaliza eutanásia.
Gasolina a 5 euros o litro? Irão pode fechar o Estreito de Ormuz.
O Irão poderá fechar o Estreito de Ormuz, um ponto-chave para o trânsito global de petróleo, como retaliação imediata contra o envolvimento directo dos EUA no conflito desencadeado por Israel. O impacto massivo nos preços do crude será inevitável.
segunda-feira, junho 23, 2025
O João entrou ontem para a história do ciclismo profissional.
O ciclista de A-dos-Francos venceu três etapas desta montanhosa e difícil prova, incluindo a última, uma crono-escalada extremamente exigente, em que deu uma abada brutal a toda concorrência. Acresce que na primeira das oito etapas desta volta alpina a sua equipa adormeceu em serviço, deixando que uma fuga carregada de excelentes ciclistas ganhasse mais de três minutos de vantagem, e perdendo mais de um minuto para directos concorrentes do João na classificação geral, como por exemplo Ben O'Connor, que ainda no ano passado foi segundo na Vuelta.
O português foi paulatinamente reduzindo essa desvantagem com exibições incríveis na terceira, na quarta, na sexta, na sétima e na oitava etapas (somando três vitórias e um segundo lugar), dominando completa e eloquentemente a competição. De tal forma que, apesar da desvantagem inicial, sobrou-lhe no fim das contas ainda um minuto de vantagem sobre o segundo classificado e dois minutos sobre o terceiro.
João Almeida é agora, claramente, o segundo atleta do melhor plantel ciclista do mundo - a UAE - e parte para o Tour de France com a missão de ajudar Pogacar a conquistar mais um título (será o quarto), sem perder de vista um posição no pódio, já que no ano transacto, em que não se encontrava neste transcendente pico de forma, fez quarto.
O atleta português, que eu sinceramente nem sei se está a ter a projecção mediática que merece, nesta altura do campeonato, é agora um dos cinco mais fortes ciclistas do circuito internacional, está a ser treinado pelo mesmo técnico que toma conta de Pogacar e parece ter encontrado o seu ideal registo performativo. Com 26 anos, tem ainda à sua frente mais seis ou sete de apogeu atlético.
Se a UAE continuar a investir nele como aparentemente está a fazer, João Almeida pode perfeitamente cumprir uma carreira que transcenda até a de Joaquim Agostinho, mantendo o nível performativo que tem apresentado até aqui e principalmente neste ano de 2025.
Mais: se entretanto uma outra equipa de topo - como a INEOS ou a Bora ou a Bahrain - puxar da carteira para o contratar (o ciclista tem contrato com a UAE até 2027, altura em que terá apenas 28 anos), não sei até que ponto não poderá sonhar com títulos nas grandes voltas em que, por uma razão ou por outra, Pogacar não participar ou em que não estiver ao seu melhor nível. Até porque o João já mostrou que aquele que é considerado o segundo melhor voltista mundial, Jonas Vingegaard, pode estar ao alcance do seu pedal.
Nos dois últimos anos, o português melhorou em tudo aquilo em que já era bom: na montanha, no contra-relógio e no sprint. E melhorou também, ainda que estas continuem a ser fragilidades no seu portfólio de virtudes, no posicionamento e na capacidade de explosão.
Seja como for, e para aqueles que são adeptos da modalidade, dá gosto ver o João correr. Porque sabe sofrer como ninguém, porque tem aquele jeito, sempre emocionante, de surgir de trás para a frente nos momentos decisivos, e porque tem uma alma competitiva que nunca mais acaba, mesmo que o motor funcione, a mais das vezes, alimentado a gasóleo.
É muito provável que nos dê muitas alegrias, daqui para a frente, sem prejuízo das que já nos deu até aqui. E que não foram poucas.
domingo, junho 22, 2025
Já cá faltava o meu irmão gémeo.
O Paul Joseph Watson, que nos últimos tempos tem evitado, em vídeo e na sua plataforma Modernity, vários temas quentes para não criticar desmedidamente Donald Trump, não aguentou mais e publicou um desabafo.
Ah, valente.
Para além da óbvia traição ao eleitorado populista norte-americano, que o elegeu, e do alinhamento claro de Donald Trump com o Estado Profundo e a sua facção sionista, PJW destaca outras consequências previsíveis desta guerra: mais uma fornada de "refugiados" muçulmanos vai cair sobre a Europa, já a seguir, os preços da energia vão disparar outra vez, e os ataques terroristas no Ocidente também.
Tudo coisas que já temos de sobra, não é? Mas fazem parte da agenda leninista-globalista e Donald Trump está a cumpri-la, como bom liberal de Nova Iorque.
Há um detalhe que pode escapar a quem não edita sites editoriais desalinhados e de carácter populista como o Modernity e o Contra-Cultura: sempre que criticamos Trump, perdemos audiências. E nem que seja por isso, essa dissidência é, desculpem-me a imodéstia, uma prova de honestidade e independência.
Nem eu, Paulo Hasse Paixão, nem ele, Paul Joseph Watson, trabalhamos em função das audiências.
Trabalhamos em função do dever.
Mas a memória dos bois não vai para além do que jantaram ontem.
I'm old enough to remember the beginning of the month when almost nobody was concerned with Iran's nuclear program.
— Morgoth (@MorgothsReview) June 22, 2025
Nem 'Presidente da paz' nem 'Presidente da guerra'. Donald J. Trump é o Presidente palhaço.
Ao contrário do que Trump anunciou ao mundo, no seu costumeiro tom fanfarrão, o ataque americano às instalações nucleares iranianas foi um espectáculo para sionistas verem mais do que uma acção militar bem sucedida, e circulam já relatos de que as infraestruturas alvejadas não sofreram danos assim tão graves como isso (ver clip vídeo em baixo).
É até muito provável que o ataque nem sequer tenha sido executado com bombardeiros B2 e bombas bunker buster, como Trump e o Departamento de Defesa norte-americano anunciaram, mas com mísseis Tomahawk disparados de submarinos (ver post do X em baixo). Ou seja, tratou-se, em princípio, de uma operação de baixo risco e baixo impacto. Mais: os iranianos foram avisados do ataque com bastante antecedência.
O que de qualquer forma não quer dizer que a iniciativa não esteja carregada de consequências geo-estratégicas nefastas (começando pelo fecho do Estreito de Ormuz e o consequente aumento do preço dos combustíveis). E seja como for, depois de tantas mentiras, depois de ter mostrado o seu lado negro, de agressor, mas também de aldrabão profissional, ninguém nunca mais vai confiar em Donald Trump para qualquer processo diplomático e negocial que queira desenvolver ou qualquer promessa que faça a aliados ou qualquer ameaça que anuncie a inimigos (ainda há dias prometia que só iria equacionar o bombardeamento de alvos no Irão quando se esgotassem as iniciativas negociais, o que poderia demorar duas semanas).
Os dois Alexandres comentam a desgraçada palhaçada, como só eles sabem.
E para uma análise militar detalhada da operação americana, e porque é que não pode ter sido assim tão devastadora, recomendo a leitura deste extenso post, a quem tenha conta no X (amanhã sai um artigo no Contra sobre o assunto):
My thoughts on the attack on Iran, as currently reported.
— Armchair Warlord (@ArmchairW) June 22, 2025
It's clear that an attack took place. Official sources in the DoD are claiming 30 sub-launched Tomahawks and 6 MOPs were used via B-2s. I see no reason to take that claim at face value, absent some amount of proof.⬇️… pic.twitter.com/zSJqbhdHZP
O Teatro do Homem: ensaio sobre determinismo e livre arbítrio.
EUA atacam instalações nucleares do Irão com bombardeiros B2.
Cuidado com o Poema
A purga: Mayor californiano quer dar aos sem-abrigo “todo o fentanil que quiserem.”
Distopia do Reino Unido: Governo acusa 42% dos cidadãos de ideologia “terrorista”.
Num exemplo arrepiante do que acontece quando as elites globalistas decidem que o patriotismo é um crime, o governo britânico rotulou quase metade dos cidadãos como "terroristas", pelo simples facto de se mostrarem cépticos ou críticos da imigração descontrolada.
sábado, junho 21, 2025
Um justo acordo.
JUST IN:
— Current Report (@Currentreport1) June 9, 2025
Iran has submitted a bold counter-proposal to the United States.
"We will limit uranium enrichment to 3.67% for peaceful, civilian use, only if Israel dismantles its entire nuclear arsenal and commits to a nuclear-free Middle East – New York Times pic.twitter.com/zOuwstXXG6
EUA: streaming ultrapassa a televisão tradicional.
Tucker Carlson, Pavel Durov e a tirania digital no Ocidente.
Exactofax.
Why did @FBIDDBongino @FBIDirectorKash & @AGPamBondi shut down inquiry into Trump assassinations & refuse to disclose Epstein files? So war whores could pretend Iran was behind the assassination attempts & so the world wouldn't know #Epstein worked w/ Israel.
— Robert Barnes (@barnes_law) June 18, 2025
sexta-feira, junho 20, 2025
Israel está a ficar sem defesas para deter os mísseis iranianos.
Em vias de extinção.
In 1900 white population of world was 33%, today it is 7%.
— RadioGenoa (@RadioGenoa) June 18, 2025