quinta-feira, maio 22, 2008
Morte aos feriados.
Estava eu aqui todo contente, numa unidade hoteleira perdida nos confins do Alentejo, a tentar passar uns dias em paz e sossego, quando chega o feriado (um feriado de utilidade misteriosa e causa incógnita) e com o feriado chega a confusão. Chega a classe média com tatuagens e crianças e roupas de feira e má educação e doenças de pele e automóveis de dez mil contos e o meter de conversa e o fim da tranquilidade. Não há subida das taxas de juro, inflação, recessão, desemprego que convença estas alminhas a ficar em casa; não há desgraça económica que lhes imponha o pudor e o recato. Não há como gente para estragar o ambiente. Enfio-me no quarto e preparo o regresso a Lisboa.