domingo, dezembro 15, 2013

Demorou, mas já estou a perceber.



Arcade Fire
 |  Joan of Arc


Este último disco dos Arcade Fire, confesso, fez-me alguma comichão nos intestinos da sensibilidade, muito por causa daquela atitude tonta com que os senhores decidiram apresentar a obra. Depois de vencido o nojo, começo a perceber que o disco não é mau de todo. Ou melhor: até é capaz de ser audível, se nos abstrairmos do folclore imagético. Que é, de todo em todo, parvo. Até porque é de curto fôlego. O estardalhaço psicadélico foi grande, mas depois do estardalhaço queremos encontrar um clip decente para a porcaria do melhor tema do disco e não se encontra mais que uma coisa um bocado manhosa, oficiosa, tirada aos ferros da genial fita do Dreyer. Se perdessem menos tempo com os compromissos televisivos e ganhassem outra disponibilidade para os compromissos artísticos, os Arcade Fire ficavam de certeza mais bonitos na fotografia. Assim, são só mais um pop! no grande barulho da música contemporânea.