Pela iniciativa feliz de António Carrapatoso e José Manuel Fernandes, temos hoje (até que enfim!), um jornal digital, gratuíto, que edita com seriedade e à direita do miserável panorama mediático nacional. O Observador é o belo e a consolação, para mim. E tem tudo para dar certo. Com os veteranos e venerandos J. M. Fenandes e Maria João Avillez e, depois, com uma pequena equipa de putos bastante competentes, já estão a dar cartas: há uma semana que os sigo e a rapidez e assertividade com que colocam as notícias no ar - próprias de um jornal online contemporâneo e na linha do que se está a fazer de melhor nos Estados Unidos e em Inglaterra - deve estar a dar enormes dores de cabeça à concorrência. Ainda hoje foram, de longe e por horas, os primeiros em cima do Acontecimento Costa. Nem que seja porque J. M. Fenandes estava lá, na cerimónia de homenagem póstuma a Maria José Nogueira Pinto, momento em que, sabe-se lá porquê, o Dr. Costa achou conveniente declarar ao país a sua sebastiânica "disponibilidade". O texto, escrito em cima do momento pelo publisher do Observador, é de academia; puro e duro e eu juro que deve ser lido.
O Observador tem problemas de juventude, claro, mas esforça-se e improvisa e tem brio e tem personalidade e determinação e é por causa deste género de portugueses que Portugal está melhor.
Porque Portugal está melhor, de facto.