Nunca fui um adepto do cânone de Guardiola e não sou hoje sequer um fã de futebol, nem pouco mais ou menos, aliás. Mas gostei de ver esta jogada do terceiro golo de Portugal contra a Hungria.
33 passes. Não tenho a certeza que isto seja bom futebol, mas nunca teremos direito a bom futebol enquanto Fernando Santos for o treinador da Selecção. O homem pode até ser campeão da Europa, mas nunca será um campeão da Estética. Ou da Virtude.
A vitória de ontem não merece grandes elogios e o jogo podia ter, naturalmente, acabado com um empate (que é sempre o resultado preferido de Fernando Santos). Mas não por falta de qualidade dos valores individuais, que abunda evidentemente, e sim porque temos o seleccionador que temos e que merecemos (seria ontologicamente injusto que tivesses simultaneamente o melhor jogador de futebol de sempre e um treinador minimamente competente).
Ainda assim, e apesar da Hungria, neste momento específico do jogo, não ser mais que um conjunto de matrecos exaustos, este golo bomba à brava. Até porque é jogado em slow mo.
Contra os outros adversários deste grupo danado, o slow mo é capaz de não bombar coisa nenhuma.
Não sei, digo eu, mas vai uma aposta?