Os génios da Newsweek chegaram agora à conclusão que Putin não quer destruir a Ucrânia. Que está na verdade empenhado numa guerra de contenção e que se quisesse tomar o país rapidamente já o tinha feito ao jeito americano, tão apreciado por Bush ou por Obama: bombardeando barbaramente o território. A evidência, para a qual o Blogville já tinha chamado a atenção dos seus leitores há coisa de um mês atrás, tem sido ignorada consistentemente pela imprensa, mas como parece que a narrativa está a mudar e que a administração Biden e o Pentágono estão a tirar o pé do acelerador que nos ia enviar rapidamente para uma terceira guerra mundial, os lacaios da imprensa começam a publicar o seu esterco em conformidade com os desejos dos seus senhores.
Não há nada que a imprensa mainstream ocidental tenha dito sobre esta guerra que seja verdadeiro, pelo que até este artigo, que é excepcionalmente sensato, deve ser encarado com cepticismo e desconfiança.Desde que as forças armadas russas invadiram a Ucrânia, os palhaços que exercem o seu fraudulento ofício nas redacções dos órgãos de comunicação social reportaram memes como factos, mitos como realidades, imagens de jogos vídeo como representações fieis de combates, rumores disparatados como certezas absolutas e especulações delirantes como evidências no terreno. Fizeram tudo o que estava ao seu alcance para deturpar os acontecimentos e fanatizar e aterrorizar as suas audiências. Por isso, mesmo quando escrevem algo que se parece com a verdade, o leitor atento deve perguntar-se pelos motivos dessa invulgar e dolorosa (para eles) manobra. Porque tudo o que a imprensa escreve e reporta decorre de uma agenda. E os interesses dessa agenda não objectivam a paz ou a prosperidade dos povos, a liberdade dos cidadãos ou a salvaguarda, no caso, das vidas humanas na Ucrânia. Os interesses dessa agenda relacionam-se apenas com a destruição civilizacional e a imposição da Nova Ordem Mundial.
Desconfiar da imprensa é um dever moral. Cumpre-o com zelo.