Com a montanha que ainda há para fazer amanhã e nas duas etapas mais inclinadas da terceira semana, a prova está completamente em aberto, já que a vantagem do belga sobre Primož Roglič é agora de apenas 1 minuto e 49 segundos.
Ontem, João Almeida fez a sua melhor etapa até agora, terminando em 4º lugar e ganhando tempo a adversários que lutam pelos primeiros lugares da classificação geral, como Carlos Rodriguez, Wilco Kelderman, Tao Geoghegan Hart e o seu companheiro de equipa Juan Ayuso. O João é agora sétimo classificado e é certo que vai ser difícil chegar dentro dos primeiros cinco a Madrid, mas o português mostrou que se está a aproximar da sua melhor forma à medida que a prova chega ao seu último terço, o que é sempre bom sinal, para um voltista.
Esta etapa mostrou que sou capaz de estar enganado em relação às capacidades actuais e futuras de Primož Roglič. Espero sinceramente que sim e a ver vamos. Em relação a Remco, as dúvidas sobre a sua capacidade de aguentar uma prova de 3 semanas confirmaram-se pertinentes. Mas um dia mau pode não querer dizer mais que isso e com a vantagem que ainda conserva, nada está perdido.
A etapa rainha de hoje, corrida na Serra Nevada e que termina numa subida monstruosa, com 22 quilómetros de extensão, ao Alto de Hazallanas, pode definir melhor as coisas. A expectativa não podia ser maior.
No entretanto, Richard Carapaz, que tinha feito uma primeira metade da prova deveras discreta e cedo ficou muito atrasado na classificação geral, já ganhou duas etapas, esta incluída, provando a toda a gente que é um ciclista de eleição.