Mais um tema integrado no projecto ContraCantigas, que vem complementar a intenção do ContraCultura em criar produtos culturais que espelhem os valores que a publicação defende e a crítica que faz ao pós-modernismo e às tendências decadentes das artes contemporâneas.
A letra desta canção é inspirada no poema que Zeca Afonso escreveu para a sua imortal trova “Vejam Bem“.
LEVANTADO DO CHÃO
Anda p’lo breu da noite à procura
Das gaivotas perdidas no mar
Essa estátua febril e madura
Que se dobra e põe a pensarAo cavaleiro da triste figura
não há quem lhe queira valer
Anda p’lo breu da noite à procura
De se encontrar, de se perderAnda p’la praça da noite escura
Desbravando os caminhos do pão
Essa estátua dobrada e madura
Não há quem a levante do chãoNão há quem a levante
Não há quem lhe queira valer
Não há quem a levante
Não há quem lhe queira valerAnda p’lo breu da noite à procura
Das gaivotas fugidas da terra
Essa estátua de fraca armadura
Cavaleiro com saudades da guerraAo homem que se põe a pensar
Que desbrava caminhos em vão
Caído na praça, regressado do mar
Não há quem o levante do chãoAo relento dessa noite escura
Vem a febre, deixa-se arder
A essa estátua dobrada p’la usura
Não há quem lhe queira valerNão há quem a levante
Não há quem lhe queira valer
Não há quem a levante
Não há quem lhe queira valerAnda p’lo breu da noite à procura
Das gaivotas perdidas no mar
Essa estátua de fraca armadura
Que se dobra e põe a pensarAo cavaleiro da triste figura
não há quem lhe queira valer
Anda p’lo breu da noite à procura
De se encontrar, de se perderAo relento dessa noite escura
Vem a febre, deixa-se arder
A essa estátua dobrada p’la usura
Não há quem lhe queira valerNão há quem a levante
Não há quem lhe queira valer
Não há quem a levante
Não há quem lhe queira valerNão há quem a levante
Não há quem lhe queira valer
Não há quem a levante
Não há quem lhe queira valer