domingo, dezembro 15, 2024

Drones nos EUA: Vou arriscar uma previsão.

Desconfio que o que vai acontecer na próxima semana é isto: Os poderes instituídos em Washington, muito provavelmente utilizando um porta-voz republicano, mas comprometido, como Mike Johnson, o speaker da Câmara dos Representantes, vão anunciar que se tratou de um rotineiro exercício militar, mas de natureza confidencial, que foi realizado em nome da segurança dos cidadãos americanos e que tudo voltará à normalidade e que não há caso para alarme. Provavelmente deixarão escapar que o exercício se deveu a ameaças externas, russa ou iraniana, na área de New Jersey, mas que a totalidade dos drones observados faziam parte da operação e eram controlados pelo Pentágono.

Os drones vão desaparecer dos céus da Costa Leste entretanto.

A coisa poderá levantar alguma, ligeira, indignação por parte de alguns políticos e cidadãos, mas ficará por aqui. Donald Trump não lhe vai pegar, quando tomar posse, daqui a um mês, porque o assunto terá sido esquecido e saído do ciclo noticioso e porque a verdade do que se tem passado nos céus da América ou não lhe vai chegar ou é excessivamente maluca para ser revelada.

Posso estar errado, claro, mas neste momento é isto que penso que vai acontecer. 

O que vai ficar por explicar, entre outros enigmas, é que ameaça externa afinal foi essa, por que é que uma operação secreta é feita com drones carregados de luzes acesas, de forma a serem bem vistos por toda a gente, que tecnologia permite que drones não façam qualquer ruído, que objectos são estes - não são drones de certeza - também avistados e captados em vídeo até por estações de televisão, nas últimas semanas, e por que raio é que a operação se estendeu a outros estados, como o Arizona, por exemplo.


Mas também ninguém pode estar à espera que o governo federal norte-americano diga a verdade seja sobre que assunto seja e muito menos sobre este, não é?

Actualização: este senhor que gravou o vídeo em baixo, John Ferguson de seu nome, e que é fabricante de drones, fala de uma ogiva nuclear perdida na Ucrânia, que alguém, não se sabe quem, trouxe de volta para os EUA e que os drones estão a tentar detectar essa arma de destruição maciça. Relaciona a hipótese com a possibilidade desta arma vir a ser utilizada para justificar a guerra com a Rússia. Menciona ainda a impossibilidade técnica de drones de fabrico humano serem capazes de descolar ao largo da costa americana, passarem horas e horas a sobrevoar New Jersey e depois regressarem a uma suposta 'nave-mãe' algures no Atlântico, colocando em causa a tese do congressista de New Jersey, que os drones são iranianos e provêm de uma infraestrutura colocada no mar, já fora das águas territoriais dos EUA.